Enquanto as ruas vêm sendo tomadas pela derrubada do governo genocida de Jair Bolsonaro, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), segue com a agenda privatista colocando em pauta a votação do projeto de lei PL 591/21, que visa a privatização dos Correios, para os dias 12 e 15 de julho. Mesmo com os rendimentos lucros da estatal, que no ano passado obteve R$ 1,53 bilhão de lucro, rondando a casa dos bilhões de reais, já foi deferida sua venda, em formato de leilão único.
Nossa posição sempre será contra a privatização! Só os correios vão aonde nenhuma empresa privada é capaz de ir, estando presentes nos 5.570 municípios brasileiros. Com a privatização, várias regiões do país serão diretamente afetadas, principalmente zonas de periferia e cidades menores. Além de afetar a vida do povo brasileiro, os comerciantes e pequenos produtores ficarão reféns não terão condições para depender ddo serviço privado, que deverá ser mais caro e escasso.
Os Correios comportam mais de 100 mil funcionários, que já vêm sofrendo com a precarização dos seus trabalhos. Com a privatização, esses funcionários correm risco de serem demitidos em massa e, – no melhor do cenário, serem recontratados com salários a preço de banana, contratos por hora e nenhuma estabilidade. Não podemos aceitar!
O buraco é ainda mais embaixo: a política de privatização das nossas estatais está diretamente ligada aos cortes com educação, por exemplo. Há 12 anos, os Correios vêm sustentando toda a logística da prova do ENEM, de modo que, no dia da prova, em apenas 3 horas, são entregues em mais de 15 mil locais distintos. Além disso, foram também responsáveis por distribuir, nos últimos dois anos, 197 milhões de livros didáticos em todos os 5.570 municípios do país.
Não podemos nos calar, precisamos pressionar todas as autoridades! Em defesa dos Correios de caráter 100% público e acessível para toda a população!
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