
Jair Bolsonaro chegou à presidência com uma campanha baseada numa rede de notícias falsas, discurso de ódio e com a promessa de que ele – deputado federal há mais de 20 anos e sem nenhuma lei aprovada – seria a salvação para um sistema político corrupto. No entanto, novamente a realidade se impõe e mostra que Bolsonaro e seu clã fazem parte da mesma corja de políticos ladrões e corruptos.
Além de uma série de evidências que vinculam Bolsonaro ao assassina to da vereadora Marielle Franco, seu filho, Carlos Bolsonaro foi acusado de ser chefe de uma quadrilha de crime organizado, usando seu gabinete como vereador do Rio de Janeiro para financiar as atividades criminosas.
Antes dele, o 01, Flávio Bolsonaro, também já havia sido acusado pelo Ministério Público do RJ como líder de uma rede de disseminação de notícias falsas, as famosas “fake news” e esquemas de lavagem de dinheiro.
Fabrício Queiroz, pilar do esquema das “rachadinhas” durante todas as gestões no legislativo estadual ou nacional de Bolsonaro e seus filhos, segue livre sem dar explicações sobre a movimentação de R$ 1,2 milhão na sua conta bancária, incluído um cheque de R$ 24 mil pago à primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
E se não fosse suficiente, Bolsonaro também é malandro. Segundo os registros do Palácio do Planalto, ele “enforcou” 90% das sextas-feiras de 2021, criando seu próprio feriadão quase todas as semanas. Ainda decidiu aumentar o seu salário em 69%, totalizando R$ 41 mil. E para os trabalhadores? Nada! Além de congelar o salário dos servidores públicos, propõe o reajuste do salário mínimo em 6,2%, quando a inflação acumulada é de 8,5%, o que significa que o salário não vai aumentar, senão reduzir.
Enquanto o clã Bolsonaro usa e abusa da estrutura pública para enriquecer, o povo sofre com a volta da fome e da miséria.
Durante dois anos e meio de gestão, 2 milhões de famílias brasileiras caíram para a extrema pobreza, totalizando 14,7 milhões de pessoas que vivem com menos de R$ 89 por mês, segundo dados oficiais do Cadastro Único de junho de 2021. Há ainda mais 2,8 milhões de pessoas na pobreza, com renda entre R$ 90 e R$ 178 mensais.
A volta da fome também é uma realidade. São 19 milhões de pessoas que não conseguem fazer três refeições por dia.
Ainda que os jornais noticiem que a taxa de desemprego diminuiu em agosto, a realidade é que 14,4 milhões de pessoas continuam sem trabalho fixo. A diferença para 2020, são 4,4 milhões de pessoas que agora conseguem sobreviver fazendo bicos, para a imprensa são os “autônomos”. Não é à toa que mesmo com suposta queda da desocupação, a renda das famílias caiu 6,6% no último ano.
E para resolver esse problema o que o “presidente” diz? Que as pessoas devem diminuir os gastos mensais, tomando banho frio e deixando de usar elevadores. Parece piada né? Mas o assunto é sério.
Bolsonaro também ri das mortes por covid-19 e continua negando a existência do vírus que já tirou a vida de mais de 600 mil brasileiros. O avanço das investigações na CPI da covid-19 comprovam que o capetão usou sua influência para alterar dados em relatórios científicos para vender seu “kit covid” como tratamento precoce contra o vírus, quando na verdade a cloroquina e ivermectina agravaram os casos da doença, aumentando o risco de morte. Em resumo: tudo gira em torno do lucro e da sua manutenção no poder.
Mas o Brasil é muito mais que isso. A saída para essa catástrofe está nas nossas mãos. Todos os aspectos da vida pioraram desde que iniciou o desgoverno, que chegou até lá através do voto de 30% dos eleitores e também pode sair pela via democrática. Porém democracia não se faz só nas urnas. Temos de demonstrar que não estamos de acordo com sua política, e construir sua retirada do governo, inclusive constrangendo Arthur Lira a sair de cima dos 127 pedidos de impeachment protocolados.
Na verdade, enquanto Bolsonaro segue liderando o circo, sua base de apoio no Congresso avança rapidamente com uma agenda de retirada de direitos. O caso mais recente foi a Reforma Administrativa, aprovada na calada da noite pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de Deputados, que sugere que são os trabalhadores do serviço público o maior peso para o Estado, não os políticos corruptos e ladrões que são base do atual governo.
Para desempatar essa equação a única saída é a pressão popular, é exercer nosso direito democrático de dizer que os políticos eleitos não nos representam. E qual o sentido da política se não for para representar o povo e trabalhar pelo bem comum?
Por isso, dia 02 de outubro haverá uma nova jornada de luta a nível nacional. Vamos às ruas exigir que a fome, a miséria e o genocídio do nosso povo acabe, e para isso, Bolsonaro deve sair.
Fora Bolsonaro genocida!
Todos e todas às ruas contra a fome, miséria e desemprego!
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